quarta-feira, 20 de abril de 2016
"Ah, sejamos sinceras mulheres modernas: no fundo, no fundo, a gente quer mesmo é alguém pra dormir protegida no peito. É vontade de sentir aquela coisinha misteriosa de “é ele!”. Quero beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro lado, o homem que amo."
— Tati Bernardi.
Na cama, à noite, enquanto penso em meus muitos pecados e em meus defeitos exagerados, fico tão confusa pela quantidade de coisas que tenho que analisar que não sei se rio ou se choro, dependendo do meu humor. Depois durmo com a sensação estranha de que quero ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou talvez de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser. Minha nossa, agora estou confundindo você também.
O Diário de Anne Frank
"Um velhinho sentou-se ao meu lado no ônibus essa semana. Eu estava indo pra faculdade e ele voltando pra casa. Ele me contou toda a sua vida, naquele momento eu já sabia mais sobre ele, do que sobre eu mesma. E então ele se levantou e em voz baixa me disse: Passei a vida inteira esperando por alguém que eu só teria se tivesse corrido atrás, e mais uma vez vou voltar pra casa sem ela, como em todas as outras vezes que entrei nesse ônibus somente para vê-la. E ela está sentada logo ali, no primeiro banco, e também está indo pra casa. Só que alguém correu enquanto eu esperava, e agora, esse alguém espera por ela lá. Não perca seu tempo. É frustrante chegar em casa e perceber que esqueceu a vida num banco de ônibus."
-Deprimentes.
“Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, buscamos o amor na internet, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir o seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois lhe ensinaram que só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade. Amor não é medicamento. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproximará, e, caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: “quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu”. Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas.”
··· Martha Medeiros.
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